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O Justo viverá da fé! Hoje é
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
sábado, 22 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Stanley M. Horton
Dr. Stanley M. Horton (1916-), renomado estudioso, prolífico escritor e palestrante em todo o mundo, é reconhecido como o pentecostalismo de "teólogo premier." Como uma criança do reavivamento da Rua Azusa e Missão, Horton serve, nas palavras do Superintendente Geral George O. Wood, como uma "ponte ligando o avivamento Azusa até os dias atuais." Dr. Horton foi licenciado com as Assembléias de Deus em 1942, e ele foi ordenado desde 1946. Horton e sua falecida esposa, Evelyn, fomos abençoados com três filhos: Stanley, Edward, e fé.
Horton recebeu sua formação educacional, em Los Angeles City College (AA, 1935); Universidade da Califórnia-Berkeley (BS, 1937); Gordon College (agora Gordon-Conwell Theological Seminary) (M.Div, 1944.); Universidade de Harvard (STM , 1945) e Central Baptist Theological Seminary (Th.D., 1959). Estudos adicionais foram concluídas no Seminário Bíblico de Nova York (agora New York Theological Seminary).
Como um graduado de Harvard em 1945, Horton primeiro ensinou a Metropolitan Bible Institute até 1948 antes de servir como presidente do Departamento de Bíblia na Central Bible College (Springfield, MO) 1948-1978. Além de dezenas de autoria de livros e mais de 250 artigos e resenhas, Horton escreveu as Assembléias de Deus Adulto currículo escolar Professor domingo para mais de 25 anos (ver a bibliografia completa das obras de Horton abaixo). Em 1979-1980 Horton serviu como presidente da Sociedade de Estudos Pentecostal. Desde 1991 ele tem sido distinguido Professor Emérito da Bíblia e Teologia das Assembléias de Deus Theological Seminary, onde lecionou de 1978-1991. Ao longo de sua carreira docente Horton atuou como professor visitante de várias faculdades e seminários em vários países, incluindo Índia, Bélgica, Alemanha, Taiwan, Filipinas e Cingapura. Mesmo agora em seus 90 anos, ele continua a servir a igreja.
O Deus Triúno

As Escrituras ensinam que Deus é Um, e que além dele não existe outro Deus. Poderia surgir a pergunta: "Como podia Deus ter comunhão com alguém antes que existissem as criaturas finitas?" A resposta é que a Unidade Divina é uma Unidade composta, e que nesta unidade há realmente três Pessoas distintas, cada uma das quais é a Divindade, e que, no entanto, cada uma está sumamente consciente das outras duas. Assim, vemos que havia comunhão antes que fossem criadas quaisquer criaturas finitas. Portanto, Deus nunca esteve só. Não é o caso de haver três Deuses, todos três independentes e de existência própria. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra, são "um". O Pai cria, o Filho redime, e o Espírito Santo santifica; e, no entanto, em cada uma dessas operações divinas os Três estão presentes. O Pai é preeminentemente o Criador, mas o Filho e o Espírito são tidos como cooperadores na mesma obra. O Filho é preeminentemente o Redentor, mas Deus o Pai e o Espírito são considerados como Pessoas que enviam o Filho a redimir. O Espírito Santo é o Santificador, mas o Pai e o Filho cooperam nessa obra. A Trindade é uma comunhão eterna, mas a obra da redenção do homem evocou a sua manifestação histórica. O Filho entrou no mundo duma maneira nova ao tomar sobre si a natureza humana e lhe foi dado um novo nome, Jesus. O Espírito Santo entrou no mundo duma maneira nova, isto é, como o Espírito de Cristo incorporado na igreja. Mas ao mesmo tempo, os três cooperaram. O Pai testificou do Filho (Mat. 3:17); e o Filho testificou do Pai (João 5:19). O Filho testificou do Espírito (João 14:26), e mais tarde o Espírito testificou do Filho (João 15:26). Será tudo isso difícil de compreender? Como poderia ser de outra maneira visto que estamos tentando explicar a vida íntima do Deus Todo-poderoso! A doutrina da Trindade é claramente uma doutrina revelada, e não doutrina concebida pela razão humana. De que maneira poderíamos aprender acerca da natureza íntima da Divindade a não ser pela revelação? (1 Cor. 2:16.) É verdade que a palavra "Trindade" não aparece no Novo Testamento; é uma expressão teológica, que surgiu no segundo século para descrever a Divindade. Mas o planeta Júpiter existiu antes de receber ele este nome; e a doutrina da Trindade encontrava-se na Bíblia antes que fosse tecnicamente chamada a Trindade.
2. A doutrina definida.
Bem podemos compreender porque a doutrina da Trindade era às vezes mal entendida e mal explicada. Era muito difícil achar termos humanos que pudessem expressar a unidade da Divindade e ao mesmo tempo, a realidade e a distinção das Pessoas. Ao acentuar a realidade da Divindade de Jesus, e da personalidade do Espírito Santo, alguns escritores corriam o perigo de cair no triteísmo, ou a crença em três deuses. Outros escritores, acentuando a unidade de Deus, corriam perigo de esquecer-se da distinção entre as Pessoas. Este último erro é comumente conhecido como sabelianismo, doutrina do bispo Sabélio que ensinou que Pai, Filho, e Espírito Santo são simplesmente três aspectos ou manifestações de Deus. Este erro tem surgido muitas vezes na história da igreja e existe ainda hoje. Essa doutrina do sabelianismo é claramente antibíblica e carece de aceitação, por causa das distinções bíblicas entre o Pai, o Filho, e o Espírito. O Pai ama e envia o Filho, o Filho veio do Pai e voltou para o Pai. O Pai e o Filho enviam o Espírito; o Espírito intercede junto ao Pai. Se, então, o Pai, o Filho e o Espírito são apenas um Deus sob diferentes aspectos ou nomes, então o Novo Testamento é uma confusão. Por exemplo, a leitura da oração intercessória (João 17) com pensamento de que Pai, Filho e Espírito fossem uma só Pessoa, revelaria o absurdo dessa doutrina, isto é, seria mais ou menos isto: "Assim como eu me dei poder sobre toda a carne, para que eu dê a vida eterna a todos quantos dei a mim mesmo... eu me glorifiquei na terra, tendo consumado a obra que me dei a fazer. E agora eu me glorifico a mim mesmo com a glória que eu tinha comigo antes que o mundo existisse." Como foi preservada a doutrina da Trindade de não se deslocar para os extremos, nem para o lado da Unidade (sabelianismo) nem para o lado da Tri-unidade (triteismo)? Foi pela formulação de dogmas, isto é, interpretações que definissem a doutrina e a "protegessem" contra o erro. O seguinte exemplo de dogma acha-se no Credo de Atanásio formulado no quinto século: Adoramos um Deus em trindade, e trindade em unidade. Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância. Pois a pessoa do Pai é uma, a do Filho outra, e a do Espírito Santo, outra. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma divindade, glória igual e majestade co-eterna. Tal qual é o Pai, o mesmo são o Filho e o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho incriado, o Espírito incriado. O Pai é imensurável, o Filho é imensurável, o Espírito Santo é imensurável. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. E, não obstante, não há três eternos, mas sim um eterno. Da mesma forma não há três (seres) incriados, nem três imensuráveis, mas um incriado e um imensurável. Da mesma maneira o Pai é onipotente. No entanto, não há três seres onipotentes, mas sim um Onipotente. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. No entanto, não há três Deuses, mas um Deus. Assim o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, e o Espírito Santo é Senhor. Todavia não há três Senhores, mas um Senhor. Assim como a veracidade cristã nos obriga a confessar cada Pessoa individualmente como sendo Deus e Senhor, assim também ficamos privados de dizer que haja três Deuses ou Senhores. O Pai não foi feito de coisa alguma nem criado, nem gerado. O Filho procede do Pai somente, não foi feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procedente. Há, portanto, um Pai, não três Pais; um Filho, não três Filhos; um Espírito Santo, não três Espíritos Santos. E nesta trindade não existe primeiro nem último; maior nem menor. Mas as três Pessoas co-eternas são iguais entre si mesmas; de sorte que por meio de todas, como acima foi dito, tanto a unidade na trindade como a trindade na unidade devem ser adoradas.
A declaração acima pode parecer-nos complicada, por tratar-se de pontos sutis; mas nos dias primitivos demonstrou ser um meio eficaz de preservar a declaração correta sobre verdades tão preciosas e vitais para a igreja.
3. A doutrina provada.
Visto como a doutrina da Trindade concerne à natureza íntima da Trindade, não poderia ser conhecida, exceto por meio de revelação. Essa revelação encontra-se nas Escrituras.
(a) O Antigo Testamento. O Antigo Testamento não ensina clara e diretamente sobre a Trindade, e a razão é evidente. Num mundo onde o culto de muitos deuses era comum, tornava-se necessário acentuar esta verdade em Israel, a verdade de que Deus é Um, e de que não havia outro além dele. Se no princípio a doutrina da Trindade fosse ensinada diretamente, poderia ter sido mal entendida e mal interpretada. Muito embora essa doutrina não fosse explicitamente mencionada, sua origem pode ser vista no Antigo Testamento. Sempre que um hebreu pronunciava o nome de Deus (Elohim) ele estava realmente dizendo "Deuses", pois a palavra é plural, e às vezes se usa em hebraico acompanhada de adjetivo plural (Jos. 24:18, 19) e com verbo no plural. (Gên. 35:7.)
Imaginemos um hebreu devoto e esclarecido ponderando o fato de que Deus é Um, e no entanto é Elohim — "Deuses". Facilmente podemos imaginar que ele chegasse à conclusão de que exista pluralidade de pessoas dentro de um Deus. Paulo, o apóstolo, nunca cessou de crer na unidade de Deus como lhe fora ensinada desde a sua mocidade (1 Tim. 2:5; 1 Cor. 8:4); de fato, Paulo insistia em que não ensinava outra coisa senão aquelas que se encontravam na Lei e nos Profetas. Seu Deus era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. No entanto, pregava a divindade de Cristo (Fil. 2:6-8; 1 Tim. 3:16) e a personalidade do Espírito Santo (Efés. 4:30) e incluiu as três Pessoas juntas na bênção apostólica. (2 Cor. 13:14.) Todos os membros da Trindade são mencionados no Antigo Testamento:
1) O Pai. (Isa. 63:16; Mal. 2:10.)
2) O Filho de Jeová . (Sal. 45:6, 7; 2:6, 7, 12; Prov. 30:4.) O Messias é descrito com títulos divinos. (Jer. 23:5, 6; Isa. 9:6.) Faz-se menção do misterioso Anjo de Jeová que leva o nome de Deus e tem poder tanto para perdoar como para reter os pecados. (Êxo. 23:20,21.)
3) O Espírito Santo. (Gên. 1:2; Isa. 11:2, 3; 48:16; 61:1; 63:10.) Prenúncios da Trindade vêem-se na tríplice bênção de Num. 6:24-26 e na tríplice doxologia de Isa. 6:3.
(b) O Novo Testamento. Os cristãos primitivos mantinham como um dos fundamentos da fé o fato da unidade de Deus. Tanto ao judeu como ao pagão podiam testificar: "Cremos em um Deus." Mas ao mesmo tempo eles tinham as palavras claras de Jesus para provar que ele arrogou a si uma posição e uma autoridade que seriam blasfêmia se não fosse ele Deus. Os escritores do Novo Testamento, ao referirem-se a Jesus, usaram uma linguagem que indicava reconhecerem a Jesus como sendo "sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre" (Rom. 9:5). E a experiência espiritual dos cristãos apoiava estas afirmações. Ao conhecer a Jesus, conheciam-no como Deus. O mesmo se verifica em relação a Deus e ao Espírito Santo. Os primitivos cristãos criam que o Espírito Santo, que morava neles, ensinando-os, guiando-os, e inspirando-os a andar em novidade de vida, não era meramente uma influência ou um sentimento, mas um ser ao qual poderiam conhecer e com o qual suas almas poderiam ter verdadeira comunhão. E, ao examinarem o Novo Testamento, ali acharam que ele era descrito como possuindo os atributos de uma personalidade. Assim a igreja primitiva se defrontava com estes dois fatos: que Deus é Um, e que o Pai é Deus; o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. E estes dois grandes fatos concernentes a Deus constituem a doutrina da Trindade. Deus, o Pai, era para eles uma realidade; o Filho era para eles uma realidade; e da mesma forma, o Espírito Santo. E, diante desses fatos, a única conclusão a que se podia chegar era a seguinte: que havia na Divindade uma verdadeira, embora misteriosa, distinção de personalidades, distinção que se tomou manifesta na obra divina para redimir o homem. Várias passagens do Novo Testamento mencionam as três Pessoas Divinas. (Vide Mat. 3:16, 17; 28:19; João 14:16, 17, 26; 15:26; 2 Cor. 13:14; Gál. 4:6; Efés. 2:18; 2 Tes. 3:5; 1Ped. 1:2; Efés. 1:3, 13; Heb. 9:14.) Uma comparação de textos tomados de todas as partos das Escrituras mostra o seguinte:
1) Cada uma das três Pessoas é Criador, embora se declare que há um só Criador. (Jo 33:4 e Isa. 44:24.)
2) Cada uma é chamada Jeová (Deut. 6:4)
(a) A natureza proporciona muitas analogias.
1) A água é uma, mas esta também é conhecida sob três formas — água, gelo e vapor.
2) Há uma eletricidade, mas no bonde ela funciona sob a forma de movimento, luz e calor.
3) O sol é um, mas se manifesta como luz, calor e fogo.
4) Quando São Patrício evangelizava os irlandeses, explicou a doutrina da Trindade usando o trevo como ilustração.
(b) A personalidade humana.
1) Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança." O homem é um, e, no entanto, tripartido, constituído de espírito, alma e corpo.
2) O conhecimento humano assinala divisões na personalidade. Não temos sido cônscios, às vezes, de arrazoarmos com nós mesmos e de estarmos ouvindo a conversação? Eu falo comigo mesmo, e me escuto falando comigo mesmo!
Dr. Myer Pearlman, escritor, pastor, conferencista, pesquisador.
Nels Lawrence Olson
Missionário norte-americano Nels Lawrence Olson (irmão Lourenço)
Missionário, pastor, pioneiro do radioevangelismo e do ensino teológico nas Assembleias de Deus, Nels Lawrence Olson , exerceu cargos de importância no Conselho de Doutrina da CGADB e no Conselho Administrativo da CPAD, do qual foi fundador e membro vitalício.

Nels Lawrence Olson Nasceu em 9 de fevereiro de 1910, em Kenosha, Wisconsin, Estados Unidos. Seus pais eram suecos radicados nos EUA, desde 1904. Na Suécia, eles pertenciam à igreja estatal luterana, mas tiveram a experiência de conversão na igreja Batista.
Quando os pentecostais, em 1917, abriram um trabalho em Kenosha, Wisconsin, a família Olson foi a primeira a aceitar o pentecostes. Foi num domingo à tarde que, com 11 anos de idade, o garoto Nels Lawrence Olson, filho do casal, aceitou Jesus como seu Salvador.
Dois anos depois foi batizado no Lago de Michigan. Aos 16 anos, durante um culto de oração, recebeu o batismo no Espírito Santo. Matriculou-se, então, no Central Bible College, em Springfield, Missouri. Seu primeiro campo de trabalho foi a cidade de Appleton, onde começou a evangelizar no fim de maio de 1931. Ele reorganizou a igreja Assembléia de Deus nesta localidade.
Em dezembro do ano seguinte, casou-se com Alice Olson. Em 1934, ele mudou-se para a cidade de Portage, onde também fundou uma igreja. Em 1937, ele recebeu a chamada missionária para o Brasil. Finalmente, em 7 de setembro de 1938, aportou em solo brasileiro, acompanhado de sua esposa, Alice, e de seus dois filhos, Lawrence Jr. e Carolyn. No Brasil, nasceram-lhes mais quatro filhos: Bervely, Elizabeth, Paulo e Esther.
Depois de passar um ano em Belo Horizonte, aprendendo o idioma, irmão Lourenço, como ficou conhecido no Brasil, mudou-se para Lavras, onde já se encontrava Hilário José Ferreira. Juntos, evangelizaram aquela cidade durante anos. Ali, Olson abriu trabalhos em São João Del Rei, Ribeirão Vermelho, Perdões, Cana Verde, Américos, Nepomuceno, Andrelândia, Campo Belo, Boas Esperança e outras localidades.
Para atingir essas regiões, viajava de trem, carro, bicicleta ou a pé. Em 1947, Olson fundou um programa na Rádio Cultura de Lavras, e nesse mesmo ano, trabalhou em Araraquara (SP). Dali, foi para o Rio de Janeiro, atendendo um convite para ajudar na reorganização da CPAD, onde permaneceu por um ano, montando máquinas impressoras que vinham dos Estados Unidos. Em 1949, voltou para Lavras, onde desempenhou eficiente trabalho evangelístico e iniciou a Escola Bíblica, que trouxe resultados formidáveis.
Atuou como 2° secretário da Convenção Geral das Assembleias de Deus de 1951, na Assembléia de Deus de Porto Alegre (RS). Em 1955, sua atividade de pregação por meio do rádio evoluiu bastante. No primeiro domingo de janeiro foi lançado o célebre programa “Voz das Assembleias de Deus”, na Rádio Tamoio. Muitas pessoas foram salvas por meio desse programa, que passou também pelas rádios Mayrink Veiga, Tupi, Relógio, Copacabana, Boas Novas e Universo de Curitiba.
Em 1961, fundou o Instituto Bíblico Pentecostal (IBP), no Rio de Janeiro. Por muitos anos, foi articulista do jornal Mensageiro da Paz e da revista A Seara. A partir de 1953, ele começou a escrever comentários para as revistas da Escola Dominical, tarefa interrompida 30 anos depois, devido ao seu estado de saúde.
Exerceu cargos de importância no Conselho de Doutrina da CGADB e no Conselho Administrativo da CPAD, do qual foi fundador e membro vitalício. No campo literário, ele foi tradutor, editor e escritor.
“Escrever foi uma das minhas preocupações quando cheguei ao Brasil. Muitas vezes aquilo que falamos perde-se no espaço. Porém, o que registramos na página impressa fica para a posteridade”, afirmou certa vez.
As duas principais obras de autoria do teólogo pentecostal Myer Pearlman utilizadas em seminários teológicos, Conhecendo as doutrinas da Bíblia e Através da Bíblia: livro por livro, foram traduzidas por Lawrence Olson.
Suas obras publicadas são: A Bomba atômica – precursora do Armagedom, Enoque – o arauto da vinda de Cristo, Profecias bíblicas, O servo de Jeová (1951), O plano divino através dos séculos (1956), O batismo bíblico e a trindade (1956) e O alinhamento dos planetas (1980). Em 14 de março de 1989, após meio século de dedicação à obra no Brasil, Lawrence e Alice, ambos com 80 anos de idade, regressaram aos Estados Unidos.
O missionário Olson sempre será lembrado, principalmente pelo seu poderoso ensino, ora transmitido pelas rádios ora dos púlpitos onde pregou. Essas mensagens ficaram indelevelmente gravadas em muitos corações brasileiros, não somente nos dos assembleianos.
Morreu em 29 de março de 1993, em Springfield, Missouri, Estados Unidos. Sua esposa, Alice, nascida em 1909, morreu em 26 de março de 1995, em Baton, Louisiana, EUA.
Fontes: Obreiro, CPAD, Ano 23, no 13, 2001, Encarte Especial, p. 45; Mensageiro da Paz, CPAD, dezembro 1938, p. 5, 2a quinzena; outubro 1944, 1a quinzena; outubro 1944, 2ª quinzena; maio 1980; agosto 1981; setembro 1981; janeiro 1983; agosto 1986; março 1989, pp. 1, 3; abril 1990, p. 23; outubro 1995; setembro 2001, p. 9, 2a quinzena; Obreiro, CPAD, jun-jul 1993, pp. 44, 45; A Seara, CPAD, setembro 1956, pp. 29, 30; janeiro 1972, pp. 20-23; setembro 1981, p. 17; abril 1983, pp. 2, 3; DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 1ª edição, 2004, convenções 1937, 1939, 1941, 1943, 1946, 1955, 1962, 1964, 1966, 1968, 1971, 1973, 1975, 1977, 1979, 1985 e 1993.
Fonte: DE ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal, Página 531, Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
Leia o livro Mensagens do Missionário Lawrence Olson. Lançado pela CPAD em 2001, a publicação é uma coletânea com 54 mensagens pregadas no programa de rádio Voz das Assembleias de Deus.
Fonte: www.cpad.com.br/institucional/integra.php?s=1&i=70
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Myer Pearlman

Nascido a 19 de dezembro de 1898, em Edinburgo, na Escócia, de pais israelitas, o jovem primogênito, Myer, tal qual um Saulo de Tarso, passou os primeiros anos de sua educação na Escola Hebraica, aos pés de rabinos que lhe inculcaram os ensinos férreos do Judaísmo tradicional, das Escrituras do Antigo Testamento, e da língua hebraica. Ele recorda que nesses dias os alunos compravam a Bíblia, como nós a temos, e arrancavam o Novo Testamento do livro, pois não lhes era permitido lê-lo, por ser considerado espúrio. O estudante Myer distinguiu-se pelas qualidades excepcionais de rara inteligência e perspicácia. Aos 14 anos, sozinho, aprendeu a língua francesa, a poder de freqüentes consultas à Biblioteca Pública, conhecimento que muito lhe valeu nos dias da Primeira Guerra Mundial, ocasião em que serviu como intérprete no exército norte-americano, na França.
Jesus, a Luz do mundo, guiava os passos do jovem Myer em direção ao "Santuário", como ele, posteriormente, costumava dizer. A família mudou-se para os Estados Unidos da América, onde esperava encontrar melhores condições de vida. Certa ocasião, na cidade de Cincínnatí, passeando em determinada rua, foi fortemente impressionado por um letreiro na fachada de uma igreja evangélica, que dizia: Igreja Aberta. . . Entre. . . Descanse E Ore." Por um instante quis entrar, mas logo abafou o impulso que, certamente, era inspirado pelo Espírito Santo. Anos depois, quando já convertido, ele teve oportunidade de entrar nessa mesma igreja e agradecer a Deus o tê-lo dirigido no caminho da luz e da vida.
Quando servia no exército, ganhou um Novo Testamento, que leu com muito interesse, estando a sua alma em procura ardente de certa satisfação, por ora desconhecida. Após a Segunda Guerra Mundial, ele foi residir em São Francisco, na Califórnia. Certa noite, ao passear, foi sua atenção despertada por um grupo de cristãos da fé pentecostal, que dirigia um culto em praça pública defronte de um salão. Em outra noite novamente chegou perto para ouvi-los e teve a coragem de entrar nesse salão de cultos. Ficou grandemente impressionado pelos hinos alegres cantados em louvor a Deus, hinos que muito contrastavam com os cânticos tristonhos da sinagoga. Um desses hinos era de autoria do saudoso irmão F. A. Graves, grande pioneiro do movimento pentecostal. Myer não podia ter imaginado que mais tarde ele se casaria com a filha desse irmão, Irene Graves! Como são maravilhosos os caminhos do nosso Deus! Assim começou o jovem Myer a freqüentar, todas as noites, durante semanas, os cultos nesse humilde salão. Certa noite ele pensou em ir ao cinema, mas acabou assistindo ao culto, tanto foi a estranha atração da presença de Deus. O povo, sabendo de sua origem judaica, tratava-o com todo o carinho e orava ao Senhor pela sua conversão. Certa noite, deitado na sua cama, foi completamente vencido por uma sensação de remorso, sentindo fortemente a sua culpa perante Deus. Logo depois, em um culto, ao sair da igreja, ficou parado perto da porta, ouvindo o último hino. De repente, sentiu descer sobre si uma influência indescritível e maravilhosa. Foi esse o momento decisivo de sua vida quando Myer abriu o coração a Jesus, a Luz do mundo. Essa Luz resplandeceu nas trevas dessa alma. Havia ele chegado ao seu "Santuário", que tanto almejara! Seu coração havia experimentado a realidade da Pessoa de Cristo, o seu Messias! Tal qual Saulo de Tarso, Myer Pearlman encontrara-se com Jesus, o Nazareno!
Não demorou muito, e certo dia, quando em oração a seu Messias, Myer Pearlman começou a falar em língua por ele desconhecida. Mesmo para ele, lingüista, foi uma gloriosa surpresa receber, como os discípulos no dia de Pentecoste, o maravilhoso dom do Espírito Santo, o Consolador, de que tanto ele viria a precisar em dias posteriores.
Sentindo o chamado do Senhor para dedicar a vida ao trabalho do Evangelho, Myer matriculou-se no Instituto Bíblico Central, que, havia pouco, fora fundado em Springfield, no Estado de Missouri. Fez o curso de três anos, ao término do qual foi convidado a ser professor nesse mesmo educandário. Durante quatorze anos Myer Pearlman distinguiu-se como instrutor dotado de rara capacidade magisterial, possuído como era de inteligência sempre consagrada ao seu Mestre e Senhor. Graças à sua formação baseada no Antigo Testamento, pôde torná-lo um Livro extremamente interessante para os seus alunos. E, além desses trabalhos, como professor do Instituto, o irmão Pearlman aceitava convites para dirigir estudos bíblicos em diversas partes do país. Também se tornou autor de diversos livros de grande utilidade e que grande influência têm exercido, não somente na língua inglesa, mas também em diversos idiomas para os quais foram traduzidos.
Durante anos, foi autor da Revista para Adultos e da Revista para Professores de Adultos das Escolas Dominicais, trabalho ao qual se dedicou prazerosamente, com todas as energias, até ao tempo de sua morte. Durante a Segunda Guerra Mundial lançou, ainda, um jornal em estilo próprio para a evangelização das Forças Armadas, denominado "Reveille", o qual foi um grande sucesso e certamente muito contribuiu para a salvação de milhares de homens e mulheres a serviço da pátria.
Em 1942 os excessivos trabalhos literários e didáticos cansaram o organismo do nosso estimado irmão Pearlman, resultando em uma crise aguda do sistema nervoso. Com as complicações de pneumonia, que advieram, foi rapidamente encurtada a carreira brilhante desse humilde servo de Cristo de Nazaré, servo que não buscava a glória terrestre, e, sim, a celeste. Apesar de ter recebido a melhor assistência hospitalar, veio a falecer aos 44 anos de idade. Um dos enfermeiros testificou que havia orado a noite toda. Deixou esposa e três filhos, e inúmeros amigos em toda parte do mundo que o têm em admiração e que aguardam o dia quando novamente possam abraçar esse saudoso judeu, que, apesar da pequena estatura física, era, em verdade, grande de espírito.
Para o autor destas linhas póstumas, tem sido um prazer e raro privilégio traduzir a presente obra de pena do irmão Pearlman, Através da Bíblia livro por livro*, na esperança de que ela proporcione aos leitores de língua portuguesa, obreiros em particular, um mui profundo conhecimento bíblico e pentecostal das grandes verdades da nossa fé. Creio que muitos, ao manusearem estas páginas, experimentarão algo da sensação que nós, que tivemos o privilégio de ser seus alunos, experimentamos nos estudos dirigidos pelo saudoso irmão Pearlman, que tão ardentemente amava ao seu Senhor, o Messias, o Cristo de Deus, e a quem tudo entregou - até a própria vida.
N. LAWRENCE OLSON
Rio de Janeiro
Março de 1959
*Editado pela Editora Vida
Rio de Janeiro
Março de 1959
*Editado pela Editora Vida